ONU revoga visto de viagem de dois líderes do Talibã
A ONU proibiu as viagens de dois altos funcionários do Talibã encarregados de questões educacionais, em resposta às crescentes reduções nos direitos das mulheres pelo regime afegão, que lamentou a decisão nesta terça-feira.
Segundo fontes diplomáticas, a ONU decidiu na segunda-feira à noite estender por pelo menos dois meses a isenção de uma proibição de viagem ao exterior que pesava sobre 15 funcionários afegãos. Esse benefício é renovado a cada três meses para permitir que os líderes islâmicos se encontrem com autoridades de outros países no exterior.
Mas desta vez, a ONU deixou Said Ahmad Shaidkhel, vice-ministro da Educação, e Abdul Baqi Basir Awal Shah, também conhecido como Baqi Haqqani, que é ministro do Ensino Superior, fora da lista.
A partir de agora, nenhum deles poderá viajar para o exterior, em resposta às restrições impostas às mulheres afegãs para estudar ou trabalhar desde que o Talibã retomou o poder em agosto passado.
Um responsável talibã criticou nesta terça a decisão da ONU como "simplista e injusta".
"Esse tipo de decisão só torna a situação mais crítica", disse o vice-ministro do Ensino Superior, Hibatullah Akhundzada.
Os fundamentalistas islâmicos reduziram os avanços que as mulheres afegãs obtiveram nas últimas duas décadas, limitando seu acesso à educação, cargos no governo e restringindo a liberdade de movimento.
Em março, o líder supremo do Talibã, Hibatullah Akhundzada, ordenou o fechamento das escolas de Ensino Médio para meninas, horas depois de abrirem pela primeira vez desde que o grupo voltou ao poder, uma decisão que atraiu críticas internacionais.
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