Ex-presidente insinua que Rússia não será punida porque tem arsenal nuclear
O ex-presidente russo Dmitri Medvedev mencionou nesta quarta-feira uma eventual utilização das armas nucleares, descartando a possibilidade de punição ao país pela justiça internacional, no momento em que o Tribunal Penal de Haia investiga acusações de crimes de guerra na Ucrânia.
"A ideia de punir um país que tem o maior arsenal nuclear do mundo é absurda por si só. E isto cria uma potencial ameaça à existência da humanidade", escreveu no Telegram o atual vice-presidente do influente Conselho de Segurança da Rússia.
Ele também criticou o governo dos Estados Unidos, que acusou de desejar levar a Rússia à justiça internacional, apesar de Washington nunca ter sido punido pelas guerras que iniciou em vários países do mundo e que, segundo o russo, deixaram 20 milhões de mortos.
Medvedev foi presidente de 2008 a 2012, em um período em que Vladimir Putin deixou o cargo devido a uma limitação legal de mandatos e assumiu o cargo de chefe de Governo.
Este político russo, que também foi primeiro-ministro, era considerado uma figura moderada, mas desde o início da ofensiva russa na Ucrânia virou um dos principais críticos dos países ocidentais.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia investiga atualmente supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
A Rússia nega sistematicamente qualquer abuso atribuído a suas tropas como o bombardeio de civis, execuções sumárias ou estupros. E contra-ataca acusando a Ucrânia de crimes de guerra.
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