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Sri Lanka renova estado de emergência antes de eleição para definir novo líder

Manifestantes com bandeiras do Sri Lanka na sacada do gabinete do primeiro-ministro, em Colombo - Arun Sankar/AFP
Manifestantes com bandeiras do Sri Lanka na sacada do gabinete do primeiro-ministro, em Colombo Imagem: Arun Sankar/AFP

18/07/2022 08h30Atualizada em 18/07/2022 08h30

O presidente interino do Sri Lanka renovou nesta segunda-feira (18) o estado de emergência no país antes de uma eleição parlamentar para nomear o novo chefe de Estado, que o tem justamente como um dos principais candidatos.

Ranil Wickremesinghe automaticamente se tornou presidente interino depois que o presidente Gotabaya Rajapaksa renunciou na semana passada depois de fugir para Singapura.

O estado de emergência permite que as tropas prendam suspeitos e que o presidente adote regulamentos que anulem as leis existentes para lidar com qualquer revolta popular.

Já estava em vigor, mas o Parlamento não se reuniu para ratificar sua declaração, como deveria. Wickremesinghe o prolongou nesta segunda-feira, "no interesse da segurança pública", disse o presidente interino.

A polícia e o exército reforçaram a segurança antes da votação de quarta-feira para eleger um presidente para o restante do mandato de Rajapaksa, que termina em novembro de 2024.

Wickremesinghe, que foi primeiro-ministro seis vezes, tem o apoio do partido de Rajapaksa para manter essa posição.

Após meses de protestos pela pior crise econômica e política da história do Sri Lanka, manifestantes invadiram o palácio de Rajapaksa em 9 de julho, forçando-o a fugir.

A grave crise econômica levou o Sri Lanka a não pagar sua dívida externa de 51 bilhões de dólares e está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um acordo de resgate.

Mas as negociações provocaram uma turbulência política. Um porta-voz do FMI disse na quinta-feira que o FMI espera que a questão seja resolvida antes de retomar as negociações.

A ilha, localizada ao sul da Índia e com uma população de 22 milhões, está ficando sem combustível, então o governo ordenou o fechamento de escritórios e escolas não essenciais para reduzir o transporte.