Chefe da ONU alerta para risco de 'catástrofe' em usina nuclear na Ucrânia
O secretário-geral da ONU alertou nesta quinta-feira (11) sobre o risco de "catástrofe" na usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, antes de uma reunião do Conselho de Segurança sobre essa usina nuclear que russos e ucranianos se acusam mutuamente de ter bombardeado.
"Infelizmente, em vez de uma desescalada, nos últimos dias houve relatos de incidentes profundamente preocupantes que, se persistirem, podem levar a uma catástrofe", disse Antonio Guterres em nota.
O chefe das Nações Unidas pediu o fim "imediato" das "atividades militares" em torno da usina, a maior de seu tipo na Europa, bem como a retirada de pessoal e equipamentos militares das instalações ocupadas pela Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro.
"O local não deve ser usado no âmbito de operações militares", afirmou antes de pedir um acordo em "nível técnico" para desmilitarizar um perímetro de segurança ao redor da usina.
O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quinta-feira com urgência para analisar a situação na central de Zaporizhzhia, que na semana passada foi alvo de bombardeamentos pelos quais Moscou e Kiev se culparam mutuamente.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), regulador de segurança nuclear da ONU, Rafael Grossi, informará ao Conselho de Segurança sobre a situação naquela instalação.
Nesse sentido, Guterres solicitou acesso "imediato, seguro e irrestrito" à usina para uma missão da AIEA.
"Temos que deixar claro que qualquer dano potencial a Zaporizhzhia ou qualquer outra usina nuclear na Ucrânia, ou em qualquer outro lugar, pode ter consequências catastróficas não apenas na área circundante, mas na região e além".
"Isso é completamente inaceitável", concluiu.
Os bombardeios continuaram na noite de quarta-feira na linha de frente na Ucrânia, não muito longe da usina de Zaporizhzhia. A usina, localizada perto da cidade de Energodar, às margens do rio Dnieper, possui seis dos 15 reatores ucranianos, capazes de fornecer energia a quatro milhões de residências.
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