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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Berlusconi defende Putin sobre invasão à Ucrânia: 'Foi pressionado pela população'

Silvio Berlusoni, ex-chefe de governo da Itália - REUTERS/Yara Nardi
Silvio Berlusoni, ex-chefe de governo da Itália Imagem: REUTERS/Yara Nardi

23/09/2022 08h30

Para o ex-chefe de Governo e magnata das comunicações italiano Silvio Berlusconi, o presidente russo Vladimir Putin foi "pressionado" a invadir a Ucrânia para "substituir o governo de (Volodymyr) Zelensky por um governo de pessoas decentes", afirmou em um programa na televisão pública.

"Putin se viu em uma situação realmente difícil e dramática", disse na quinta-feira à noite o líder do Forza Italia (direita), que concorre às eleições legislativas no domingo com uma coalizão com a extrema-direita.

Berlusconi, que visitou a Crimeia depois que a península foi anexada pela Rússia em 2014, é considerado "amigo" de Putin, a quem convidou várias vezes para sua mansão particular na ilha da Sardenha.

"Putin foi pressionado pela população russa, seu partido e seus ministros a inventar essa operação especial", disse.

"Uma missão das duas repúblicas pró-Rússia do Donbass foi a Moscou, falou com todo mundo, rádio, imprensa, televisão, com pessoas do partido (de Putin), com ministros, e disse: 'Zelensky intensificou os ataques contra nossas forças em nossas fronteiras. Já custou 16.000 mortos. Por favor, defenda-nos".

"As tropas russas deviam entrar na Ucrânia, chegar em Kiev em uma semana, substituir o governo Zelensky por um governo de pessoas decentes e retornar em uma semana", explicou o magnata no programa político popular 'Porta a Porta'.

"Mas encontraram resistência inesperada que foi alimentada com armas de todos os tipos pelo Ocidente", enfatizou o magnata. "A guerra já dura mais de 200 dias, a situação se tornou muito difícil, me sinto mal quando ouço falar dos mortos porque sempre considerei a guerra como a loucura da loucura", concluiu.

As declarações de Berlusconi geraram todo tipo de reação, razão pela qual nesta sexta-feira ele reiterou que considera qualquer guerra "injustificável" e reafirmou seu apoio à OTAN, à União Europeia e aos Estados Unidos.