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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia rejeita condições de Biden para conversa sobre Ucrânia, e diz que guerra continua

16.jun.2021 - Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden (à esq.), e da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro bilateral em Genebra, na Suíça - Denis Balibouse/EFE
16.jun.2021 - Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden (à esq.), e da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro bilateral em Genebra, na Suíça Imagem: Denis Balibouse/EFE

02/12/2022 06h50

O Kremlin rejeitou, nesta sexta-feira (2), as condições apresentadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para um diálogo com o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, sobre a Ucrânia e insistiu que Moscou prosseguirá com sua ofensiva.

"O que Biden disse na realidade? Ele disse que as negociações são possíveis apenas depois que Putin abandonar a Ucrânia", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa, antes de acrescentar que Moscou "evidentemente" não está disposto a aceitar as condições.

"A operação militar especial vai continuar", declarou Peskov, utilizando os termos que o Kremlin emprega para falar da ofensiva na Ucrânia.

Durante a visita de Estado do presidente francês, Emmanuel Macron, a Washington, Biden afirmou na quinta-feira que estaria disposto a conversar com Putin se o presidente russo realmente tiver o interesse de acabar com o conflito.

"Estou disposto a falar com Putin (...) caso ele esteja procurando uma maneira de acabar com a guerra. Ele ainda não fez isto", afirmou o presidente americano.

Peskov respondeu nesta sexta-feira que Putin está disposto a conversar para garantir o respeito aos interesses da Rússia, mas acrescentou que a postura de Washington dificulta qualquer diálogo.

"O governo dos Estados Unidos não reconhece os novos territórios como parte da Federação da Rússia", disse Peskov, em referência às regiões ucranianas que o Kremlin afirma ter anexado.

Em setembro, Moscou organizou votações em quatro regiões da Ucrânia - Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson - e anunciou que os moradores votaram a favor de se integrar à Rússia. A Assembleia Geral da ONU condenou "a anexação ilegal" dos territórios.

Peskov afirmou que antes de enviar tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro, Putin tentou em diversas ocasiões manter conversas com a Otan, a OSCE e os Estados Unidos, mas que as tentativas foram "infrutíferas".