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Premiê da Holanda pede perdão pela escravidão

21.nov.2021 -  O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte - Lex can Lieshout/ANP/AFP
21.nov.2021 -  O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte Imagem: Lex can Lieshout/ANP/AFP

19/12/2022 11h21Atualizada em 19/12/2022 16h39

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, apresentou um pedido de desculpas em nome do governo holandês por seu papel na escravidão, que ele chamou de crime contra a humanidade, durante um discurso em Haia, nesta segunda-feira (19).

"Hoje peço desculpas em nome do governo holandês pelas ações do Estado no passado", declarou Rutte durante um discurso muito aguardado sobre o envolvimento da Holanda em 250 anos de escravidão em suas ex-colônias.

"Postumamente a todos os escravos do mundo que sofreram com este ato. A suas filhas e filhos e a toda a sua descendência", acrescentou.

Ao mesmo tempo em que Rutte pronunciava seu discurso em Haia, vários de seus ministros estavam presentes em sete ex-colônias para "discutir" o assunto com os habitantes locais.

Após o discurso, houve reações emocionadas entre os presentes na sala. Alguns se abraçaram.

A data escolhida pelo governo para o pedido de desculpas, que vazou para a imprensa holandesa em novembro, gerou polêmica na Holanda e no exterior.

Organizações antiescravagistas queriam um pedido de desculpas em 1º de julho, data em que o fim da escravidão é lembrado em uma celebração anual chamada "Keti Koti" (Quebrando as Correntes) no Suriname.

No sábado (17), a primeira-ministra de Saint-Martin, Silveria Jacobs, disse à imprensa holandesa que a ilha não aceitaria o pedido de desculpas se fosse apresentado na segunda-feira.