Incêndio em Viña del Mar pode ser controlado ainda hoje
O governo chileno garantiu nesta sexta-feira (23) que, com as atuais condições climáticas e os recursos de que dispõe, poderá controlar ainda hoje o incêndio que afeta a cidade costeira de Viña del Mar.
"Nas atuais condições do incêndio, nas condições climáticas previstas e com os recursos disponíveis, a previsão é (que se consiga) controlar o incêndio ao longo do dia", disse o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve.
O responsável atualizou ainda os números oficiais sobre o incidente, que começou na zona alta desta cidade e avançou pelas serras: uma pessoa morreu, 30 estão levemente feridas, 130 casas e 125 hectares foram destruídos pelas chamas.
"Todos os números que foram divulgados durante a noite em termos de habitação são apreciações de diferentes instituições que participam do combate ao incêndio. Mas o registro oficial sobre o qual as decisões são tomadas é o do município de Viña del Mar", destacou Monsalve.
Na madrugada desta sexta-feira, os bombeiros haviam registrado duas mortes. A ministra do Interior, Carolina Tohá, chegou a falar em 500 casas queimadas.
A prefeita de Viña del Mar, Macarena Ripamonti, explicou nesta sexta-feira que está em andamento "a consolidação do número" de casas destruídas.
"Temos um número de 200 a 500 casas (afetadas). Às 05h00 tínhamos 131 homologadas, mas há muito mais", afirmou.
As autoridades detalharam que o incêndio continua ativo em três zonas florestais e que trabalham no seu controle com 11 brigadas terrestres, 10 helicópteros e está prevista a chegada de dois aviões-cisterna.
A fim de facilitar o trabalho de combate ao incêndio, socorrer as vítimas e proteger as casas que tiveram que ser evacuadas, o governo decretou o estado de exceção constitucional para catástrofe por calamidade pública na região de Valparaíso, e declarou o setor como zona de catástrofe.
O incidente, que começou como um incêndio florestal, teve seu início nas colinas de Viña del Mar e avançou, favorecido por fortes rajadas de vento, por barrancos até atingir setores habitados, a maioria de baixa renda, com casas de construção leve e ruas estreitas.
"Sabemos qual é o ponto de origem, é num setor vegetal onde havia concentração vegetal e algumas pessoas foram identificadas naqueles pontos de partida", disse a uma rádio local Rolando Pardo, chefe do departamento de Prevenção de Incêndios Florestais da Corporação Nacional Florestal (Conaf).
ps/pa/dga/ag/fp/aa/mr
© Agence France-Presse
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