Ataque a tiros em universidade do Michigan deixa três mortos e cinco feridos
Um ataque a tiros em um campus universitário perto de Detroit, no norte dos Estados Unidos, deixou três estudantes mortos e outros cinco gravemente feridos nesta terça-feira (14), disseram autoridades locais, que identificaram o atirador através de uma denúncia após a divulgação de imagens de câmeras de segurança.
O suspeito cometeu suicídio horas depois do ataque ao campus da Universidade Estadual de Michigan (MSU), na cidade de Lansing, na noite de segunda, confirmaram as autoridades, sinalizando que ele não possuía ligação nem com a universidade, nem com estudantes ou funcionários da instituição.
Em uma coletiva de imprensa nesta terça, o chefe de polícia do campus, Chris Rozman, identificou o suspeito como Anthony McRae, de 43 anos, e constatou que os investigadores ainda não têm "absolutamente nenhuma ideia de qual foi o motivo" do ataque.
As autoridades recuperaram uma pistola e revistaram uma residência associada ao suspeito, sinalizou.
Cinco estudantes gravemente feridos permaneciam em estado crítico até a manhã desta terça, informou Denny Martin, diretor médico interino do Hospital Sparrow.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse no Twitter que o presidente Joe Biden conversou com a governadora do estado de Michigan, Gretchen Whitmer, e enviou agentes do FBI e policiais federais ao campus.
A coletiva de imprensa transmitida ao vivo direto de Lansing foi marcada por muita emoção entre os funcionários da instituição e Whitmer, muito comovida, denunciou que mais uma vez uma comunidade nos Estados Unidos havia sido "dilacerada por balas e derramamento de sangue".
"Sabemos que esse não é um problema exclusivo dos Estados Unidos (...) Não podemos continuar vivendo assim", enfatizou a governadora.
- "Raiva" -
O atirador abriu fogo por volta das 20h30 locais (22h30 no horário de Brasília) em um dos prédios do campus, deixando dois estudantes mortos.
Posteriormente, seguiu a pé para outro edifício, onde fez mais uma vítima, iniciando uma vasta operação policial no local.
Centenas de agentes tentaram capturar o homem negro de baixa estatura que vestia uma jaqueta jeans, sapatos vermelhos e um boné de beisebol, após a divulgação das imagens de segurança.
"A rápida divulgação da foto das câmeras de vigilância e a ajuda de toda a comunidade conduziram a polícia até o suspeito em Lansing", disse Rozman.
As forças policiais haviam pedido que estudantes e funcionários do campus permanecessem confinados, por segurança. Pouco depois, a MSU suspendeu todas as suas atividades por dois dias.
A Universidade de Michigan, uma das mais importantes dos Estados Unidos, conta com cerca de 50 mil alunos matriculados.
Tiroteios em escolas e universidades se tornaram algo frequente e parte de uma onda mais ampla de violência nos Estados Unidos, onde a proliferação de armas de fogo disparou nos últimos anos.
O tiroteio foi o segundo em instituições estudantis no estado de Michigan em pouco mais de um ano, alertou a deputada democrata Elissa Slotkin.
"Me enche de raiva termos que dar outra coletiva de imprensa para falar sobre a morte de nossos filhos em suas escolas", disse Slotkin, que pediu ações imediatas contra a violência armada.
Biden, por sua vez, pediu ao Congresso que restabeleça a proibição a fuzis de assalto, como existia de 1994 a 2004, mas o líder democrata enfrenta forte oposição do Partido Republicano, que argumenta que a medida viola o direito constitucional de possuir armas e que controla Câmara dos Deputados desde janeiro.
md/cwl/atm/mas/zm/fp/yr/mvv
© Agence France-Presse
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