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Repressão a protestos no Irã deixa 537 mortos, diz ONG

Segundo organização, 4 pessoas foram executadas sob acusações relacionadas aos protestos e 300 foram enforcadas por acusações diversas. - STRINGER/REUTERS
Segundo organização, 4 pessoas foram executadas sob acusações relacionadas aos protestos e 300 foram enforcadas por acusações diversas. Imagem: STRINGER/REUTERS

04/04/2023 12h08

As forças de segurança do Irã mataram ao menos 537 pessoas na violenta repressão aos protestos que emergiram no país em setembro de 2022 — informou uma ONG norueguesa nesta terça-feira (4), revisando o balanço anterior.

A organização Iran Human Rights (IHR, na sigla em inglês), radicada na Noruega, também disse que quatro pessoas foram executadas neste período sob acusações relacionadas aos protestos e que outras 300 foram enforcadas por acusações diversas, como parte de uma tática mais ampla para — de acordo com a ONG — "intimidar" a sociedade.

A onda de manifestações começou em meados de setembro, após a morte, no dia 16 desse mês, da jovem Mahsa Amini, de 22 anos. Ela faleceu sob custódia da polícia da moralidade, depois de ser presa, acusada de violar o código de vestimenta do país.

Os protestantes exigem, além da abolição deste regulamento, o fim do regime teocrático do Irã, estabelecido em 1979.

Um balanço anterior da IHR contabilizava 488 mortes em decorrência das manifestações. A organização explicou que o saldo mais recente se deve aos novos óbitos confirmados.

A maior parte deles foi registrada no fim de setembro (223), em outubro (100) e novembro (173), de acordo com um relatório divulgado pela ONG pelos 200 dias desde a morte de Amini.

Dentre as vítimas, 134 foram registradas no Sistão-Baluchistão, uma província do sudeste, onde a minoria sunita Baloch se manifestou durante semanas.

Em Teerã, pelo menos 69 mortes foram relatadas; no Curdistão, 57; e, no Azerbaijão Ocidental, 56.