Assessor de Biden é novo enviado especial dos EUA para o clima
O presidente Joe Biden designou, nesta quarta-feira (31), um de seus conselheiros, John Podesta, como enviado especial dos Estados Unidos para o clima, em substituição a John Kerry.
Podesta, de 75 anos, ocupou cargos importantes em três administrações democratas e supervisionou a implementação do projeto de investimento em transição energética conhecido como Lei de Redução da Inflação.
Podesta "é um estadista americano, um defensor ferrenho de ações climáticas audaciosas e um líder que, sem dúvida, o mundo saberá que tem a confiança do presidente dos Estados Unidos e fala em seu nome", disse o chefe de gabinete da Casa Branca, Jeff Zients.
Kerry, ex-secretário de Estado, senador e candidato presidencial, deixará o cargo. Daqui para frente, ele apoiará a campanha de reeleição de Biden, embora sem um cargo formal, e trabalhará com o setor privado para reduzir indústrias com altas emissões de carbono.
O nome de Podesta foi anunciado dias depois de o governo anunciar que congelaria a aprovação de novas instalações de exportação de gás natural liquefeito, uma vitória para os ativistas climáticos.
"A recente pausa nas exportações de gás posicionou Podesta para liderar a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e a expansão da energia limpa que desesperadamente precisamos", avaliou Jean Su, dirigente do Centro para a Diversidade Biológica.
No entanto, ele assume o cargo em um ano eleitoral em que se espera que Biden, que descreveu as mudanças climáticas como uma ameaça existencial, enfrente Donald Trump, grande defensor das empresas de combustíveis fósseis.
Ao longo de sua longa carreira profissional, Podesta foi colaborador do ex-presidente Bill Clinton durante o escândalo de Monica Lewinsky e diretor da campanha presidencial de Hillary Clinton. Além disso, fundou o "Center for American Progress", um grupo de especialistas que busca fornecer uma voz política de centro-esquerda em Washington.
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© Agence France-Presse
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