Israel afirma que soldados atiraram contra 'suspeitos' durante distribuição de ajuda em fevereiro
O Exército israelense afirmou nesta sexta-feira (8) que sua "análise" do que aconteceu em 29 de fevereiro em Gaza, quando, segundo o grupo islamista Hamas, 120 pessoas morreram durante uma distribuição de ajuda humanitária, mostra que os soldados "atiraram com precisão contra vários suspeitos".
"A análise realizada pelo comando revelou que as tropas não atiraram contra o comboio humanitário, e sim que atiraram contra vários suspeitos que se aproximaram dos soldados e representavam uma ameaça", afirmou o Exército em um comunicado.
Segundo uma testemunha entrevistada pela AFP no dia, a violência explodiu quando uma multidão desesperada de fome avançou na direção do comboio de ajuda humanitária em Gaza.
"Os soldados atiraram contra a multidão, porque as pessoas se aproximaram muito dos tanques", disse a testemunha.
Na mesma noite, o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, disse que as tropas do país protegiam o comboio para que este conseguisse chegar ao seu destino, no norte de Gaza, onde a ONU teme um cenário de fome iminente após cinco meses de guerra entre Israel e Hamas.
Segundo um balanço atualizado do Ministério da Saúde do Hamas, 120 pessoas morreram, todas atingidas por tiros israelenses, na tragédia del 29 de fevereiro.
O Exército israelense afirma que um tumulto aconteceu durante a passagem do comboio e que várias pessoas foram atropeladas por caminhões.
Deixe seu comentário