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Mais de 100 pessoas morrem durante distribuição de ajuda em Gaza, diz Hamas

Mais de 100 pessoas morreram nesta quinta-feira (29) atingidas por tiros de soldados israelenses quando tentavam receber ajuda humanitária em Gaza, informou o Hamas. Israel alega que soldados se sentiram "ameaçados".

O que aconteceu

Vítimas corriam até caminhão de ajuda quando foram atingidas. A informação foi dada por um médico do hospital Al Shifa na manhã de hoje. O caso ocorreu na região oeste da Cidade de Gaza.

Fontes israelenses confirmaram à AFP que os soldados abriram fogo após se sentirem "ameaçados". Eles negaram, porém, a responsabilidade pelas mortes. O Exército afirmou que "dezenas de pessoas morreram" pisoteadas pela multidão.

Em um vídeo publicado pelas próprias forças de defesa israelenses nas redes sociais, é possível ver o momento do ocorrido. As imagens mostram grupos se aproximando do comboio de ajuda.

Os ataques ocorrem no dia em que a guerra deixa mais de 30 mil mortos só na Faixa de Gaza. Cerca de 25 mil dos mortos são crianças e mulheres, segundo comunicado do Pentágono.

Depois de quase cinco meses de guerra entre Israel e Hamas, a ONU calcula que 2,2 milhões de pessoas, ou seja, a maioria da população, correm o risco de morrer de fome na Faixa de Gaza.

A área mais vulnerável é o norte do enclave. Na região, a destruição, os combates e os saques praticamente impossibilitam a entrega de ajuda humanitária.

O número de mortos no massacre da rua Al Rashid é de 104, além de 760 feridos
Porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, Ashraf Al Qudra, em um comunicado.

A multidão palestina atacou os caminhões e, como resultado, dezenas de pessoas foram mortas devido à superlotação, aglomeração e atropelamento.
Exército israelense, em publicação nas redes sociais

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Chefe da ONU diz que está chocado

O chefe de ajuda da Organização das Nações Unidas, Martin Griffiths, comentou o caso. Ele afirmou que "hostilidades brutais" são cometidas na região.

Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança do órgão foi convocada para discutir o ocorrido.

A Itália também se pronunciou sobre o ocorrido. O vice-premiê do país, Antonio Tajani, classificou as mortes como "trágicas" e pediu um cessar-fogo imediato.

Mesmo depois de quase cinco meses de hostilidades brutais, Gaza ainda tem a capacidade de nos chocar.
Martin Griffiths, em publicação no X

*Com informações da AFP

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