Ex-vice-presidente de Trump não o apoiará na disputa presidencial
O ex-vice-presidente de Donald Trump, Mike Pence, declarou nesta sexta-feira (15) que não apoiará o republicano em sua corrida presidencial por um segundo mandato na Casa Branca.
"Não deve ser surpresa que eu não vou apoiar Donald Trump este ano", disse Pence em uma entrevista à Fox News.
A mídia americana classificou o anúncio como uma "bomba explosiva", apesar de profundas divisões terem levado os dois políticos a seguirem caminhos separados desde que Trump deixou a Casa Branca. Na verdade, o apoio de Pence teria sido surpreendente.
A dupla se distanciou depois que Trump tentou pressionar Pence a ajudá-lo a reverter sua derrota nas eleições de 2020 contra Joe Biden, atacando repetidamente o vice-presidente nas redes sociais por não concordar com seus planos.
Após várias tentativas fracassadas de Trump e seus aliados de anular a eleição, o então presidente encorajou seus apoiadores a marchar até o Capitólio, onde, aos gritos de "Enforquem Mike Pence", vandalizaram o prédio.
Pence disse à Fox que Trump estava "articulando e seguindo uma agenda em desacordo com a agenda conservadora que conduzimos por quatro anos".
Os comentários do ex-vice-presidente de 64 anos ocorrem dias depois de Trump assegurar o número suficiente de delegados para conseguir a indicação republicana e desafiar Joe Biden nas eleições de novembro.
Pence qualificou as ações do ex-presidente em 6 de janeiro de 2021 como "imprudentes" e disse que "puseram em risco a mim e à minha família".
Trump pediu a Pence, ex-governador de Indiana, que evitasse a certificação da vitória eleitoral de Biden no Congresso.
Pence se recusou, despertando a inimizado dos fervorosos apoiadores de Trump e tornando-se persona non grata dentro do movimento de extrema dieita "Make America Great Again" (Tornar os Estados Unidos grandes de novo).
Na entrevista com a Fox News, ele disse estar "incrivelmente orgulhoso de seus feitos" durante a administração Trump (2017-21).
"Foi um histórico conservador que tornaram os Estados Unidos mais prósperos, mais seguros, e que viu a nomeação de conservadores para nossos tribunais em um mundo mais pacífico", disse.
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© Agence France-Presse
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