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Secretário de Defesa dos EUA critica mortes de civis em Gaza ante contraparte israelense

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse nesta terça-feira (26) ao seu homólogo israelense, Yoav Gallant, que as mortes de civis na Faixa de Gaza estão altas demais e afirmou que os dois discutiriam alternativas a uma operação de Israel no sul do território palestino.

"O número de baixas civis em Gaza atualmente é muito elevado, e a quantidade de ajuda humanitária é muito pouca", declarou Austin no início da reunião com Gallant em Washington.

Durante o encontro, ele acrescentou que conversariam sobre alternativas a uma grande incursão na cidade de Rafah, com a qual Israel pretende atingir o Hamas.

Por sua vez, Gallant disse que discutiriam os "avanços em Gaza" e "os meios para alcançar os objetivos" de Israel: "a destruição da organização Hamas e o retorno dos reféns".

Além da visita de Gallant, outra delegação israelense tinha prevista uma viagem a Washington para discutir os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de lançar uma ofensiva em Rafah. Essa iniciativa preocupa os Estados Unidos e outros atores internacionais porque lá se refugia grande parte da população de Gaza deslocada pela guerra.

No entanto, Israel suspendeu a visita depois que os Estados Unidos se abstiveram na segunda-feira em uma votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, permitindo a aprovação de uma resolução que pede um cessar-fogo no território palestino.

A guerra começou em 7 de outubro com uma incursão de combatentes islamistas que mataram 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Israel afirma que 130 reféns seguem detidos em Gaza, dos quais 33 teriam morrido.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva com o objetivo de "aniquilar" o Hamas. Até o momento, essa operação militar deixou 32.414 mortos, a grande maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

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Os Estados Unidos têm dado apoio militar e diplomático a Israel, mas expressaram seu descontentamento com Netanyahu pelo alto número de vítimas civis e a situação humanitária na região.

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