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Rússia descarta avanços diplomáticos com a Ucrânia após troca de prisioneiros

O porta-voz do Kremlin destacou, nesta sexta-feira (2), que as negociações sobre o conflito na Ucrânia são "totalmente diferentes" das que permitiram implementar a maior troca de prisioneiros entre a Rússia e vários países ocidentais desde a Guerra Fria.

"Quando falamos de Ucrânia e de problemas internacionais mais complexos, os princípios são totalmente diferentes", declarou Dmitri Peskov à imprensa, depois que lhe perguntaram se a última troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente levaria a avanços diplomáticos entre Kiev e Moscou.

"O trabalho acontece de uma maneira totalmente diferente, seguindo outros princípios", insistiu.

As negociações entre Kiev e Moscou, mais de dois anos depois do início da ofensiva russa na Ucrânia, estão bloqueadas e cada lado levanta reivindicações que parecem irreconciliáveis.

Em meados de junho, a Ucrânia organizou na Suíça uma cúpula de paz com uma centena de países, principalmente aliados. A Rússia foi excluída. A China, um peso pesado diplomático e próxima a Moscou, se recusou a participar.

A Ucrânia anunciou estar elaborando para novembro, quando haverá eleições presidenciais nos Estados Unidos, um apoio vital a Kiev, plano que deve servir de base para uma futura cúpula na qual a Rússia participaria.

Nesta semana, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, considerou em entrevista à imprensa francesa que "todo o mundo", incluindo a Ucrânia, quer que a Rússia participe de uma próxima cúpula de paz este ano.

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