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Covid-19: ministério começa a distribuir kits intubação para estados

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a ação vai reforçar a assistência ao SUS (Sistema Único de Saúde) e os cuidados aos pacientes - WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a ação vai reforçar a assistência ao SUS (Sistema Único de Saúde) e os cuidados aos pacientes Imagem: WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

16/04/2021 09h10

A partir de hoje, mais 2,3 milhões de medicamentos do kit intubação serão distribuídos pelo Ministério da Saúde. Os insumos foram adquiridos na China e doados ao governo federal por empresas como a Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen.

"Com esta doação, nós conseguimos garantir, conforme os dados enviados, pelo menos 10 dias de abastecimento em relação ao bloqueador neuromuscular, analgesia e sedação por midazolam, e 15 dias com propofol. O estado é o responsável, junto aos municípios, para fazer a redistribuição em sua própria rede assistencial", ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), Hélio Angotti Neto.

As equipes do Ministério da Saúde já estão prontas para iniciar a distribuição dos chamados kit intubação. "Com base em experiências anteriores, a expectativa é de que em menos de 48 horas os medicamentos sejam distribuídos para todos os estados", ressaltou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

Critérios

Os hospitais do SUS são os primeiros da lista a receber os kits. São eles que definem o consumo médio mensal e os seus estoques aos estados — informações essenciais para orientar, na ponta, os critérios de divisão dos lotes de medicamentos entre os entes federativos.

Segundo o Ministério da Saúde, os dados são apresentados em reuniões tripartites, que ocorrem três vezes por semana, envolvendo representantes dos secretários estaduais e municipais de saúde - Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e do Ministério da Saúde. A pasta também conta com a colaboração da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que monitora a produção nacional dos medicamentos.

"A partir daí, traçamos estratégias de aquisição e de distribuição desses medicamentos, com o intuito de regularizar a distribuição nacional. No momento seguinte, o Ministério executa as estratégias, fazendo aquisições nacionais ou internacionais e propondo uma pauta de distribuição aos estados, que é aprovada pelo Conass e Conasems", explicou Cruz.

Desde o início da pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde já enviou aos estados e municípios mais de 8,6 milhões de medicamentos para intubação. Além disso, atua na aquisição de medicamentos hospitalares por outros meios: há dois pregões em aberto e está em andamento uma compra direta via Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a ação vai reforçar a assistência ao SUS (Sistema Único de Saúde) e os cuidados aos pacientes em todo o país. "A obrigação de adquirir esses medicamentos é de estados e municípios. Todavia, estamos em uma emergência pública internacional e nós temos que tomar as providências necessárias para assegurar o abastecimento em todo o país, principalmente em municípios menores que não têm condições de compra", afirmou.