Manaus entra em estado de emergência
Em Manaus
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Clóvis Miranda/A Crítica/Estadão Conteúdo
Pedestres enfrentam alagamento no centro de Manaus, no Amazonas, após o transbordamento de galerias subterrâneas. O prefeito da cidade, Artur Neto, decretou situação de emergência devido à cheia de rios
O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, decretou estado de emergência na capital do Amazonas na noite desta quinta-feira (23), após o nível do rio Solimões na cidade atingir a marca de 29,06 metros, apenas 91 centímetros inferior à cheia histórica registrada em maio do ano passado.
Os bairros mais atingidos são Educandos, Glória e São Raimundo. Nestes locais, famílias que moram em palafitas já fizeram o que chamam de maromba, ou seja, subiram o piso de madeira de suas casas e elevaram eletrodomésticos e móveis. Ainda não há registro de desabrigados, de acordo com dados da Prefeitura de Manaus.
O nível do rio Negro na capital também está alto --9 cm acima da cota de emergência (28,94 m) e apenas 8 cm abaixo do valor registrado em 2009, por ocasião da segunda maior cheia.
No interior do Estado, os rios também continuam subindo. Mas, de acordo chefe de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, Daniel Oliveira, em municípios como Tabatinga e Boca do Acre o nível dos rios está estabilizando. "O que acontece é que a cheia no Amazonas acontece do sul para o norte do Estado. Por isso, em Manaus, o Solimões continuará subindo até junho", afirma.