'A situação da água só piorou', diz moradora do bairro do Limão
Moradores da capital paulista que há mais de um ano sofrem com o racionamento de água feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede dizem que um novo aumento na conta seria um "absurdo".
"A água em casa acaba às 14h e só volta às 6h. Antes, ainda tinha fim de semana que liberavam a água o dia inteiro, mas nem lembro mais a última vez que isso aconteceu. A situação só piorou, enquanto eles vão aumentando a conta", diz a assistente de produção Raquel de Morais Amendoeira, 32, que mora no bairro do Limão, na zona norte, abastecida pelo Sistema Cantareira.
Ela conta que, como mora sozinha e sempre pagou a tarifa mínima - porque consume pouca água -, nem percebe o efeito do desconto dado pela Sabesp para quem economiza em meio à sucessão de reajustes tarifários. "O prejuízo é deles, foi provocado por eles, e estão passando para a gente", reclama.
Para o mecânico Jhonatan Wengler de Oliveira, 24, que mora em São Mateus, zona leste paulistana, e fica sem água das 17h às 9h todos os dias, aumentar ainda mais a tarifa seria "um abuso".
"Isso é uma vergonha. Se represas se recuperarem e a situação voltar ao normal, eles não vão baixar a tarifa. Onde isso vai parar? Daqui a pouco não teremos dinheiro para pagar a água da rua", critica. O local onde ele mora e trabalha é abastecido pelo Sistema Alto Tietê, que também está com nível crítico.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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