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Local onde Marielle foi assassinada começa a ser preparado para reconstituição

10.mai.2018 - Muro com pintura de Marielle no local onde será feita reconstituição do assassinato hoje à noite - Antonio Scorza / Agência O Globo
10.mai.2018 - Muro com pintura de Marielle no local onde será feita reconstituição do assassinato hoje à noite Imagem: Antonio Scorza / Agência O Globo

Marcio Dolzan

Rio

10/05/2018 13h10

A Polícia Civil e soldados das Forças Armadas já iniciaram os preparativos para a reprodução simulada (reconstituição) do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A via onde ocorreu o crime está parcialmente bloqueada e equipamentos que serão utilizados na simulação da noite desta quinta já chegaram ao local.

Os soldados do Exército chegaram em cinco caminhões com equipamentos, como um gerador com refletores e uma retroescavadeira.

Uma proteção balística foi instalada na esquina da rua João Paulo I, no Estácio, local do crime. Sacos de areia foram colocados na calçada, já que os policiais pretendem fazer disparos com munição de verdade durante a reprodução assistida, marcada para começar às 22h desta quinta-feira (10).

Reconstituição Marielle - Luis Kawaguti/UOL - Luis Kawaguti/UOL
10.mai.2018 - Militar isola área onde ocorrerá a reconstituição
Imagem: Luis Kawaguti/UOL

Duas horas antes, três ruas do entorno serão fechadas. Lonas escuras foram colocadas em grades próximas ao local do crime para impedir que curiosos acompanhem a reconstituição.

Quatro testemunhas que passavam pelo local no momento do crime participarão da simulação. Elas serão colocadas nos locais exatos onde estavam. A intenção da polícia é que as testemunhas tentem identificar o som dos tiros para esclarecer se a arma utilizada pelos criminosos foi uma pistola ou uma submetralhadora.

Reconstituição Marielle sacos de areia - Luis Kawaguti/UOL - Luis Kawaguti/UOL
Sacos com areia serão usados para tiros no local da reconstituição
Imagem: Luis Kawaguti/UOL

Carta

Apontado por uma testemunha como um dos mandantes do assassinato de Marielle, Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como "Orlando de Curicica" e acusado pela polícia de ser chefe de uma milícia e ter ordenado o assassinato de Marielle, escreveu uma carta se defendendo. Ele está preso no Complexo de Gericinó acusado de crime semelhante, ocorrido em 2015.

Na carta, Orlando de Curicica afirma que não tem "qualquer envolvimento nesse crime bárbaro". Afirma ainda que "com todo respeito à vereadora Marielle, eu nunca tinha ouvido falar dela".