Governador eleito do Rio pede que Alerj 'não cause sobressaltos no empresariado'
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse nesta segunda-feira, 3, em discurso para empresários, que está conversando com os deputados estaduais para fazer com que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) "não cause sobressaltos no empresariado". Segundo ele, o governo do estado não quer ser "sócio nem cúmplice" do setor privado.
Com os quatro últimos ex-presidentes presos, a Alerj votou nos últimos anos medidas que impactaram diretamente nos investimentos, como o fim de isenções fiscais. "[A Alerj] não pode votar projeto que dê ao mercado a ideia de que não tem segurança jurídica. Não atrapalhar, já é uma grande ajuda", afirmou.
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Witzel prometeu um ajuste de R$ 1 bilhão no primeiro ano de governo com o custo da estrutura administrativa, com a ocupação de imóveis que já são do Estado e a redução nos gastos com aluguéis. "Só o edifício do Detran, que vamos entregar, gera uma economia de R$ 40 milhões", exemplificou.
Na área de segurança, prometeu ampliar o patrulhamento de ruas batizado de Segurança Presente, que é custeado com recursos da iniciativa privada. Segundo o governador eleito, o modelo de parceria permite fazer contratação adicional na área, já que a situação fiscal do Estado não permite ampliar os efetivos das polícias.
"Serão instaladas 30 mil câmeras com reconhecimento facial e de placas em todo o Estado. Com isso, teremos segurança mais efetiva", garantiu, reafirmando que irá pedir prorrogação do decreto de Garantia de Lei e da Ordem (GLO).
Witzel defendeu as parcerias público-privadas (PPPs) na área de saúde, em um modelo com 35 anos de concessão. A ideia, disse, é oferecer as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em lote e integradas aos hospitais. "Estou conversando com o Banco Mundial. Espero apresentar o projeto no início do governo", disse. O governador eleito participa de almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais Lide.
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