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Gleisi diz que PT não apoiará reeleição de Rodrigo Maia por causa do PSL

9.ago.2016 - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
9.ago.2016 - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mariana Haubert

Brasília

14/01/2019 15h22

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta segunda-feira (14) que o seu partido não cogita apoiar a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), devido à aliança dele com o PSL, partido de Jair Bolsonaro.

"Queremos construir um bloco e uma articulação com os partidos da centro-esquerda. Essa é a nossa prioridade e, obviamente, estamos abertos a conversar com todos que primam pelo respeito ao Parlamento e às forças políticas", disse.

Segundo a senadora, que assume mandato na Câmara a partir de fevereiro, esse grupo poderia ser formado inicialmente pelo PT, pelo PSB e pelo PSOL. O PSB, entretanto, já articula um bloco com o PDT e o PCdoB.

"O PSB vai ter uma conversa com o PDT e o PCdoB nesta semana, mas o partido não sinalizou ainda se vai adiante ou não. A ideia é buscar uma composição com todos porque, assim como nós, eles não querem estar em uma composição com o PSL, ou seja, isso é uma baliza nossa. Não estaremos nesse bloco com o PSL", afirmou Gleisi.

No início do mês, o presidente do PSL, o deputado eleito Luciano Bivar (PE), declarou que a sigla apoiará formalmente Rodrigo Maia e fará parte de sua chapa eleitoral. Isso fez com que o PSB desistisse de apoiar o demista. O PDT, por outro lado, declarou no fim de semana que pode apoiar Maia, movimento que enfraquece a oposição.

Gleisi e outras lideranças petistas estão realizando reuniões internas desde domingo, 13, para discutir a estratégia em relação ao comando da Casa e à participação da sigla em postos-chave. Os encontros também servirão para a sigla fazer uma avaliação dos primeiros dias do novo governo. De acordo com a senadora, o PT só deverá anunciar uma posição sobre a disputa na Câmara no fim do mês.

A eleição para a presidência da Casa ocorrerá no dia 1º de fevereiro, mesma data em que os deputados tomarão posse.