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Defesa pede que juíza da Lava Jato deixe Lula ir a velório do irmão sem ouvir Procuradoria

Lula e o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá - Divulgação/Twitter Lula
Lula e o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá Imagem: Divulgação/Twitter Lula

Fausto Macedo, Igor Moraes, Luiz Vassallo e Ricardo Brandt

São Paulo

29/01/2019 18h45

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou pedido à juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, para ser autorizado a ir ao velório de seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, morto nesta terça-feira (29). A magistrada havia pedido análise da força-tarefa da Lava Jato sobre o pedido do petista. Em nova petição, os advogados pedem para que a juíza conceda a decisão, mesmo sem ouvir a Procuradoria.

O petista está preso para o cumprimento de sua pena de 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso triplex, investigado pela Operação Lava Jato.

Os advogados "poderaram" à juíza "que se mostra desnecessário aguardar parecer do MPF nestes autos para o deferimento do pedido - diante do risco de o exercício de tal direito, que é cristalino, restar prejudicado pelo decurso do tempo".

A defesa de Lula alega que o pedido deve ser julgado com urgência, pois o velório de Vavá deve começar ainda hoje. Segundo a petição, o sepultamento do irmão do ex-presidente está previsto para acontecer na manhã desta quarta, 30. O enterro e o velório de Genival acontecerão no Cemitério Paulicéia, em São Bernardo do Campo (SP).

"O pedido se pauta por clara correlação fática à previsão legal, que expressamente prevê o direito do cidadão em situação de encarceramento sair temporariamente do estabelecimento em que se encontra na hipótese de falecimento de irmão - como é o caso - dentre outras", afirmam os advogados do ex-presidente.

Na petição, a defesa usa como argumento para liberação a decisão do juiz plantonista Vicente de Paula Ataide Júnior, que negou um pedido de Lula para ir ao enterro do advogado e ex-deputado federal Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, em dezembro.

"Certo é, portanto, que o Peticionário cumpre os requisitos objetivos previstos em lei para a permissão de saída", afirma a defesa.