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Debate sobre Bebianno tem que ser resolvido pelo Planalto, diz líder do PSL

Delegado Waldir participa de reunião do PSL, no Hotel Melia em Brasília - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Delegado Waldir participa de reunião do PSL, no Hotel Melia em Brasília Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Daniel Weterman

São Paulo

14/02/2019 17h50

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), minimizou a crise envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Para o parlamentar, a polêmica gerada após o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, ter desmentido o ministro sobre uma suposta conversa com o pai tem de ser revolvida pelo presidente da República e ficar restrita ao Planalto.

"Este é um debate da cozinha do Planalto e quem tem que resolver isso é o Planalto", disse Waldir ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Para ele, a discussão entre Carlos e Bebianno é típica de uma base com diferentes núcleos que ajudaram Jair Bolsonaro a ser eleito no ano passado. "É muito comum, não devemos misturar as coisas."

O líder do PSL declarou que o ministro não deveria ser demitido neste momento e endossou o discurso de Bolsonaro no dia anterior. Bolsonaro declarou, em entrevista à Record TV, que, se Bebianno estiver envolvido em esquema de desvios de recursos do Fundo Partidário para candidaturas laranjas, terá de "voltar às suas origens".

"Tem que estar envolvido comprovadamente em caso de improbidade administrativa ou corrupção. Temos que apurar tudo, a PF ou quem estiver investigando que investigue. Se tiver alguém errado, que seja punido. Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém", declarou o deputado.

O líder do PSL afirmou que o caso não traz desgaste ao governo e não atrapalha Bolsonaro na condução da reforma da Previdência.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.