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Janaina critica imobilismo do governo Bolsonaro e questiona condução política

13.mar.2019 - A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) - Carine Wallauer/UOL
13.mar.2019 - A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) Imagem: Carine Wallauer/UOL

Gregory Prudenciano

São Paulo

20/05/2019 14h03

Deputada estadual pelo PSL de São Paulo, Janaina Paschoal tem feito de seu Twitter uma plataforma para criticar a condução do governo Jair Bolsonaro, que é do mesmo partido. Nesta segunda-feira, 20, a deputada voltou a apresentar motivos pelos quais não defende a manifestação marcada para o próximo domingo, 26, em apoio ao governo.

"O governo se colocou na situação em que está", tuitou Janaina, nomeando a situação de "imobilismo". "E chama as pessoas para tirá-lo do imobilismo. Por quê?". Na sequência de publicações, a deputada relembrou episódios que, na sua visão, seriam erros cometidos pelo governo e que ajudaram a compor o quadro atual.

Janaina citou o apoio do PSL a Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara Federal. Na ocasião, ela diz ter apoiado "candidatos mais identificados com os ideais pelos quais lutamos" e disse que o governo iria se "arrepender amargamente" pelo apoio dado a Maia.

A deputada também mencionou a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo, que retirou poder do governo sobre o orçamento. Apesar da PEC ir contra os interesses do Planalto, deputados governistas votaram pela aprovação da proposta. Janaina citou os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP), que aderiram à PEC. "Confrontados com a falta de racionalidade do voto, gravaram vídeos, tentando convencer de que o governo teria ganhado ao perder", escreveu Janaina.

Por fim, a deputada, que em 2018 foi convidada por Bolsonaro para compor sua chapa presidencial, recapitulou o que entende como falhas do presidente. "Tivesse o presidente apoiado um presidente da Câmara coerente com os novos paradigmas, tivesse orientado seus líderes a votar contra medidas restritivas de seus poderes, tivesse se esforçado para defender a Previdência e, ainda assim, o Congresso o estivesse sabotando, obviamente, eu apoiaria as manifestações", escreveu. "Mas não foi isso o que aconteceu. Por quê?"