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Major Olímpio diz respeitar oposição, mas não 'pseudoaliados' de Bolsonaro

Major Olimpio (PSL-SP) durante entrevista exclusiva ao UOL - 18.jan.2019 - Simon Plestenjak/UOL
Major Olimpio (PSL-SP) durante entrevista exclusiva ao UOL Imagem: 18.jan.2019 - Simon Plestenjak/UOL

Eduardo Rodrigues

Em Brasília

21/05/2019 13h41

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), disse hoje que as manifestações a favor de Jair Bolsonaro marcadas para o próximo domingo também servirão para chamar a atenção da sociedade para a atuação de parlamentares que se diziam apoiadores do governo, mas que estariam atuando sistematicamente contra as propostas governistas no Congresso Nacional.

"Pedimos que a população acompanhe como votam e como se posicionam cada um dos parlamentares. Eu respeito a oposição, legítima e democrática, que tem feito um trabalho muito respeitoso com o governo. O que me deixa indignado é o presidente Bolsonaro tomar uma apunhalada nas costas por dia de pseudoaliados ou aliados de ocasião", desabafou, após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Sem citar nomes, o senador criticou parlamentares de DEM, PR, PP e outros partidos que teriam declarado apoio a Bolsonaro nas eleições do ano passado, mas que agora estariam dificultando o avanço dos projetos do governo no parlamento.

"Cada matéria tem um debate e um resultado diferente. Não dá para enquadrar os partidos, tem que ser por convencimento. Vamos ganhar em umas matérias e perder em outras, mas levar essas apunhaladas é muito duro", completou.

Major Olímpio admitiu que as manifestações de domingo já contam com pautas que não eram as originais da mobilização proposta por ele e pelo movimento "Avança Brasil".

"A manifestação ganhou outras conotações, até mesmo de censura de partidos políticos, mas esse não é o nosso objetivo. É uma manifestação pró-Bolsonaro, contra a corrupção, pela diminuição do Estado e em apoio ao pacote anticrime do governo", destacou.

Questionado sobre se o ataque a parlamentares no domingo pode tensionar ainda mais a relação entre o Executivo e o Legislativo, o senador criticou a articulação política do próprio governo.

"Não faço censura a partidos, mas a pessoas. Doeu ver parlamentares do DEM encabeçarem a tentativa de retirar o Coaf do Ministério da Justiça, enquanto o ministro que comanda a articulação política é do mesmo partido", afirmou, em referência ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Segundo o senador, o PSL fará uma reunião ainda nesta terça para decidir se apoiará formalmente as manifestações de domingo.

"Há segmentos do PSL que não querem participar e respeitamos isso. Mas eu estarei domingo na Avenida Paulista", concluiu.

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