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Onyx insinua que Bolsonaro pode deixar o PSL e voltar para o DEM

Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro  - Dida Sampaio - 2.jan.19/Estadão Conteúdo
Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro Imagem: Dida Sampaio - 2.jan.19/Estadão Conteúdo

Vera Rosa e Mariana Haubert

Brasília

30/05/2019 16h01

Em discurso na convenção nacional do DEM, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, insinuou nesta quinta-feira (30) que o presidente Jair Bolsonaro pode voltar para o partido.

Bolsonaro se filiou ao PSL no ano passado para disputar a eleição ao Palácio do Planalto, mas em 2005 chegou a integrar as fileiras do PFL, hoje DEM.

Temos um ex-filiado do PFL, do DEM, que olha para o nosso partido com imenso respeito e com olho de, quem sabe, querer voltar para casa

Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil

Em conversas reservadas, Bolsonaro já reclamou mais de uma vez dos problemas enfrentados no PSL, que tem uma bancada de novatos no Congresso e muitas vezes atua como oposição ao Palácio do Planalto. Interlocutores do presidente já disseram, em outras ocasiões, que ele avalia a possibilidade de deixar o PSL.

Questionado se havia conversado com Bolsonaro sobre o retorno ao DEM, Onyx abriu um sorriso. "Não. É um sonho meu", respondeu ele. O presidente já trocou várias vezes de partido, desde o início de sua carreira política, nos anos 80."

Em vários momentos da convenção, que ocorreu em Brasília, Onyx ficou com a voz embargada ao discorrer sobre a trajetória do DEM e disse que Bolsonaro --chamado por ele de "capitão"-- foi "o escolhido" por Deus para fazer a "transformação" do país e ser o alicerce de uma aliança "liberal-conservadora".

"A esperança, na época deles, era vermelha. A nossa é apaixonadamente verde-amarela", discursou o ministro, em uma referência aos governos do PT. A

Alvo de críticas por causa da fragilidade da articulação política do governo com o Congresso, o titular da Casa Civil também definiu os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), como "duas bênção que Deus trouxe para ajudar o capitão Bolsonaro".

Maia e Alcolumbre relativizam apoio formal a governo Bolsonaro

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