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Carlos questiona segurança da Presidência após morte em evento com ministro

O vereador Carlos Bolsonaro - Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
O vereador Carlos Bolsonaro Imagem: Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Paulo Beraldo e Vinícius Passarelli, especial para a AE

São Paulo

04/07/2019 13h45

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, usou as redes sociais para comentar o suicídio de um empresário em evento com o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta quinta-feira (4). Carlos questionou a segurança do evento e também da Presidência.

"Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do Presidente ficar mais atenta", escreveu em seu Twitter.

A instituição responsável pela segurança do presidente é o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), criticada por Carlos recentemente. O comentário provocou mal-estar no governo, já que o general Augusto Heleno, chefe do GSI, é um dos principais conselheiros e ministros mais próximos de Jair Bolsonaro.

A primeira crítica de Carlos se deu após um sargento da FAB (Força Aérea Brasileira) ter sido preso sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial que iria ao G20, no Japão.

"Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI?. Sua grande maioria podem [sic] ser até homens bem-intencionados e acredito que sejam [sic], mas estão subordinados a algo que não acredito. Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado. Estou sozinho nessa, podendo a partir de agora ser alvo mais fácil ainda tanto pelos de fora tanto por outros."

Em Sergipe, segundo relatos de pessoas que presenciaram o suicídio, um empresário se levantou após a fala do governador, ameaçou dizer algumas palavras e se matou. Ele teria entrado em falência por conta do alto preço do gás.

Procuradas pela reportagem, a assessoria do GSI informou que não compete a ela a segurança de ministros do Estado e a assessoria do Ministério de Minas e Energia, até a publicação deste texto, não havia informado quem era responsável pela segurança do ministro durante o evento.