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Onyx segue Bolsonaro e critica governadores do NE, mas diz que não haverá boicote

O Presidente Jair Bolsonaro conversa com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni - Andre Coelho/Folhapress
O Presidente Jair Bolsonaro conversa com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni Imagem: Andre Coelho/Folhapress

Gabriel Wainer

Em São Paulo

24/07/2019 10h00

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), endossou as críticas que o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez aos governadores da Paraíba e do Maranhão, respectivamente João Azevedo (PSB) e Flávio Dino (PCdoB), num áudio vazado na última sexta-feira em uma conversa com a imprensa estrangeira.

Lorenzoni era o interlocutor de Bolsonaro na conversa e disse que o comentário do mandatário, que gerou mais uma crise para o governo, ocorreu porque esses governadores "são muito agressivos com o governo e com o presidente, partindo até para o campo pessoal", criticou, em entrevista concedida nesta manhã à Rádio Gaúcha.

A despeito do endosso às críticas de Bolsonaro e da crise desencadeada pelos polêmicos comentários, considerados ofensivos a todos os nordestinos, porque Bolsonaro os classificou de "paraíbas", Lorenzoni disse que tudo isso "faz parte do jogo político" e que não haverá nenhuma espécie de boicote do governo federal a esses entes federativos.

Na entrevista à rádio, Lorenzoni disse que Bolsonaro, antes de tomar posse, já havia pedido desculpas pelas "eventuais caneladas" que deu quando ainda era deputado federal, e que o presidente da República, nos comentários feitos na última sexta-feira, não quis se referir ao Nordeste de forma pejorativa quando falou dos "paraíbas".

"O presidente estava se referindo especificamente aos governadores dos Estados da Paraíba e do Maranhão", reiterou o ministro da Casa Civil. E partiu para o endosso das críticas: "estes dois, principalmente, têm um discurso em Brasília e outro em suas bases".

Lorenzoni assegurou, no entanto, que não há nenhuma intenção da gestão federal represar recursos aos Estados citados e que há o compromisso do governo em "fazer o pacto federativo, sem fechar as torneiras, inclusive ao Maranhão", cujo governador Flávio Dino foi classificado por Bolsonaro como "o pior deles (governadores nordestinos)".

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