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'Heleno virou auxiliar do radicalismo do Olavo', diz Maia sobre 'novo AI-5'

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Kleyton Amorim/UOL
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Mariana Haubert e Camila Turtelli

Em Brasília

04/11/2019 12h53

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 4, que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, virou "um auxiliar do radicalismo do Olavo de Carvalho", escritor considerado o guru do bolsonarismo. Maia deu a declaração ao comentar a fala do militar sobre a ideia aventada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de se editar um "novo AI-5".

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro afirmou que se o Brasil registrar protestos similares aos que ocorrem no Chile, algo terá de ser feito e disse que editar um "novo AI-5" exigiria estudos, pois o "regime democrático" impõe que uma proposta como essa passe "em um monte de lugares".

"Acho que a frase dele foi grave. Além disso ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil. É uma cabeça ideológica. Infelizmente o general Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo. É uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha", disse Maia. O presidente da Casa disse ainda que há um pedido de convocação do ministro em análise na Câmara.

Maia deu a declaração em Jaboatão dos Guararapes (PE) onde está para receber uma homenagem a ele e a parlamentares que defendem o crescimento do Nordeste. Ele informou ainda que conversará com deputados da região para decidir sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Óleo, para investigar o que causou o derramamento de petróleo que atingiu o litoral nordestino.

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