Procuradoria de Contas pede ao TCU que afaste Wajngarten por ocultação de gastos
O subprocurador-geral Lucas Furtado pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) ontem o afastamento do chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten.
O pedido enviado ao presidente do TCU, José Mucio Monteiro, foi baseado em uma reportagem publicada pelo jornal O Globo informando que a Secom vem descumprindo determinação da Controladoria-Geral da União (CGU) e mantendo em segredo dados sobre gastos com publicidade na internet.
Na representação, o subprocurador pede o afastamento temporário de Wajngarten até que os fatos sejam apurados — de modo a evitar que o chefe da Secom "retarde ou dificulte" a investigação.
No documento, o subprocurador destaca que ainda que a ocultação dos dados públicos "em frontal desrespeito ao princípio da publicidade na Administração Pública" representa "flagrante descumprimento" da lei por parte da Secom e de Wajngarten.
O chefe da Comunicação do governo federal nega omissão de informações. No Twitter, ele disse que "a Secom não descumpriu a determinação da Controladoria Geral da União, que ainda não se manifestou neste caso específico". Wajngarten também voltou a dizer que a Secretaria de Comunicação da Presidência não decide sobre a contratação direta de sites e blogs. "A Secom, por meio de uma agência de publicidade, contrata a plataforma Google Ads, que apresenta os anúncios ao público definido na campanha e cobra cada vez que ele clica na peça digital", disse.
O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.
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