PGR denuncia Carla Zambelli por invasão ao sistema do CNJ
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) sob acusação de ter ordenado um ataque hacker ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e a confecção de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Gonet acusa a deputada de ter cometido os crimes de invasão de dispositivo de informática e falsidade ideológica. O hacker Walter Delgatti, que executou a invasão, também foi denunciado pela PGR. Defesa de Zambelli critica a denúncia (leia mais abaixo).
É a primeira denúncia apresentada por Gonet ao STF desde que assumiu o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), em dezembro.
Zambelli é aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro e também disseminava informações falsas contra o sistema eleitoral.
Ela entrou na mira da Polícia Federal depois que o hacker Walter Delgatti confessou ter recebido pagamentos da equipe da deputada para realizar a invasão ao CNJ. Ele disse que Zambelli queria uma invasão aos sistemas da Justiça Eleitoral, mas que não conseguiu executar essa ordem.
A PF rastreou pagamentos de um assessor de Zambelli para Walter Delgatti.
Na época da revelação desses fatos, Zambelli negou relação com a invasão ao sistema do CNJ e disse ter contratado o hacker para reformular suas redes sociais.
O que diz a deputada
Defesa disse, em nota, ter recebido denúncia "com surpresa", "já que inexiste qualquer prova efetiva que ela tivesse de alguma forma colaborado, instigado e ou incentivado o mitômano Walter Delgati a praticar as ações que praticou".
"A narrativa dele acusando a deputada e terceiras pessoas foi desmentida pela própria investigação, e a defesa irá exercer sua amplitude para demonstrar que ela não praticou as infrações penais pelas quais foi acusada."
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