Por barraca em praia, jovem é agredido até a morte por pescadores no Guarujá
O estudante Kauan Silva, de 17 anos, morreu após ser agredido por seis pescadores, ontem, em uma praia do Jardim Enseada, no Guarujá, litoral de São Paulo. Familiares alegam que a agressão se deu porque o rapaz demorou para atender uma ordem deles para desmontar a barraca que ele ocupava com a esposa e uma amiga.
O boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil menciona que houve discussão, mas a família nega e fala em "linchamento".
Devido à pandemia do novo coronavírus, não é permitido montar barracas em praias do município.
De acordo com o registro policial, o rapaz reside em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, e passava o fim de semana com a namorada e uma amiga na região da Praia Branca, no Guarujá.
Um pescador passou pelo local e mandou que desarmasse a barraca, alegando que a fiscalização estava a caminho. Segundo a Polícia Civil, teria havido uma discussão.
O pescador voltou logo depois com outros cinco homens e todos passaram a agredir Kauan. A esposa dele tentou reagir, usando um canivete, mas também foi agredida, assim como a amiga.
Os agressores teriam desferido chutes no estudante após ele ter caído. Logo depois, o jovem começou a passar mal e foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o pronto-socorro mais próximo, em Bertioga, mas não resistiu.
A Polícia Civil do Guarujá registrou o caso como lesões corporais seguidas de morte e aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) para confirmar a causa do óbito.
Familiares da vítima foram ouvidos informalmente e reafirmaram o linchamento.
Conforme a polícia, os investigadores trabalhavam na manhã de hoje para identificar os agressores.
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