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'CPI coloca às claras quem foi o responsável por metade das mortes', diz Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez comentários sobre a CPI da Covid - Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez comentários sobre a CPI da Covid Imagem: Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo

Redação

São Paulo

27/05/2021 14h03

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) comentou nesta quinta-feira (27) o depoimento que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, concede à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

"Primeiro, eu defendo a CPI. Segundo, defendo que a CPI continue tendo a qualidade que vem demonstrando na defesa da verdade, porque esta é a função de uma comissão parlamentar de inquérito, e ela vem se destacando pela busca da verdade e é a verdade que Dimas Covas está falando", disse o tucano.

"(Dimas Covas) está mostrando mais uma vez de forma clara que o governo (federal) não fez o que devia fazer: que poderia ter providenciado vacinas desde o ano passado e iniciado a vacinação. Preferiu comprar cloroquina ao invés de comprar vacina, que não comprou nem seringas nem agulhas para o programa de vacinação, que estimulou aglomerações, que não recomendou o uso de máscaras, chamou de 'covardes' as pessoas que ficaram em casa se protegendo e protegendo a vida de seus familiares", afirmou Doria.

"Tudo isso é muito triste, mas a CPI está colocando às claras para que os brasileiros saibam com certeza quem foi o responsável por mais da metade das mortes que se acumulam no País. Quatrocentos e cinquenta mil brasileiros estão sepultados neste momento, metade poderia ter sido salva se tivéssemos vacinas e comportamento que liderasse o Brasil para a vida e não para a morte", disse o governador durante entrega de vouchers para a compra de cestas básicas na região de Campinas (SP).

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.