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'Se Bolsonaro voltar a fazer motociata, terá de pagar pela segurança', diz Doria

12.jun.2021 - Presidente Jair Bolsonaro participou de motociata Acelera pra Jesus, em São Paulo - Alan Santos/PR
12.jun.2021 - Presidente Jair Bolsonaro participou de motociata Acelera pra Jesus, em São Paulo Imagem: Alan Santos/PR

Sofia Aguiar

São Paulo

04/08/2021 11h15Atualizada em 04/08/2021 11h51

Diante da sinalização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de mais uma passeata com motos na cidade de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) teceu críticas ao chefe do Executivo.

"Já determinei para a polícia do estado: se o presidente Bolsonaro voltar a fazer motociata, ele vai ter que pagar", declarou o governador paulista.

Segundo Doria, não é obrigação do governo estadual fazer segurança sem que as despesas sejam custeadas por quem organiza ou por quem promove as manifestações. O tucano diz que deve ser pedida, ainda, uma autorização para a realização do ato. "Caso contrário, nós não permitiremos".

Em sua avaliação, o presidente continua insistindo "em fazer aquilo que é inadequado". Sobre a ausência do chefe do Executivo na reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, reaberto no sábado (31), o governador disse que, ao invés de participar de motociata em Presidente Prudente (SP), ele deveria ter ido ao evento, que contou com presença de ex-presidentes da República e do presidente de Portugal, Marcelo Ribeiro de Sousa.

Questionado sobre as acusações de Bolsonaro contra o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, Doria afirmou que "não faz o menor sentido essa campanha do voto impresso" e garantiu que as eleições de 2022 vão acontecer.