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Em 'carta aos cristãos', Moro afirma ser contra ampliar lei do aborto

Sergio Moro compartilhou a foto junto a estátua de Padre Cícero em seu Twitter - Reprodução/Twitter/@SF_Moro
Sergio Moro compartilhou a foto junto a estátua de Padre Cícero em seu Twitter Imagem: Reprodução/Twitter/@SF_Moro

Daniel Reis

Do Estadão Conteúdo

07/02/2022 20h42

Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro se comprometeu a não ampliar legislação do aborto em caso de vitória na disputa pelo Planalto, em uma "carta aos cristãos" divulgada ontem. Atualmente, a interrupção da gravidez é permitida no País em caso de estupro, de feto anencéfalo e em casos em que a vida da mãe está em risco.

"Defenderemos a não ampliação da legislação em relação ao aborto e faremos a defesa da preservação da vida humana em todas as suas manifestações", diz o texto. O documento, chamado de "Carta de Princípios aos Cristãos", foi lançado em Fortaleza (CE) em ato com presença de evangélicos.

No texto, o ex-ministro também se comprometeu a não divulgar propaganda política nas missas e cultos promovidos pela igreja e não fomentar "discursos de ódio". "Respeitaremos e trataremos com dignidade todas as pessoas, religiões e crenças, sem fomentar discursos de ódio, disseminação de preconceitos ou estereótipos contra qualquer pessoa, religiosa ou não", diz a carta. Segundo Moro, o objetivo do texto é esclarecer as dúvidas sobre as suas ideias.

Durante o evento, ele reiterou respeitar a laicidade do Estado. "Nós todos sabemos que o Estado é laico. O Estado não vai estabelecer e a gente também não pretende estabelecer nenhuma preferência religiosa. Mas isso também não significa que nós não podemos valorizar a nossa tradição cristã. Sem preconceito, sem estereótipos em relação a qualquer outra religião ou qualquer outra crença, e até mesmo a falta de crença", afirmou o presidenciável.