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PSOL apresenta eixos programáticos para firmar aliança com candidatura de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Divulgação/Ricardo Stuckert
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Imagem: Divulgação/Ricardo Stuckert

Izael Pereira

Em Brasília

16/02/2022 12h55Atualizada em 18/02/2022 12h39

Ao lado de lideranças do PT, o PSOL apresentou na manhã desta quarta-feira, 16, na Câmara dos Deputados, os eixos programáticos que nortearão as conversas com outros partidos de esquerda e movimentos sociais na tentativa de firmar uma aliança eleitoral em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A plataforma terá cinco eixos centrais: economia, trabalho e renda; ampliação dos direitos sociais; direitos humanos e combate às opressões; meio ambiente, crise climática e transição energética; democracia, instituições e relações internacionais. Desses, três pontos dentro dos eixos apresentados são colocados como prioridades: a revogação da reforma trabalhista, reforma da Previdência e do Teto de Gastos.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, defendeu que é preciso romper com a ausência de debate público no País. "Para que a gente possa pautar um debate em torno de um programa para superação da crise, é claro, nós temos no nosso campo uma grande liderança popular já testada que é o ex-presidente Lula e tem expressado e vocalizado medidas que são importantes no combate à crise". Medeiros afirmou porém, que isso não é suficiente e que "nós precisamos também dos governos, dos partidos, dos mandatos dos pré-candidatos nesse debate".

O pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos, durante seu discurso no evento, enfatizou a necessidade de tributar lucros e dividendos, defendida no eixo programático. "Já passou da hora de fazer uma reforma tributária progressiva. Nós precisamos tributar lucros e dividendos, esse assunto é fundamental", pontuou.

Boulos disse ainda que é preciso ficar atento aos movimentos durante o pleito deste ano, ao citar a vantagem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresenta frente às pesquisas de intenção de voto. Hoje o petista aparece com 43%. "Não tem já ganhou, vai ser um batalha duríssima que a gente vai ter que travar em cada canto desse país para aumentar o espaço da esquerda aqui dentro [do Parlamento], para que a gente possa a partir de 2023 iniciar a reconstrução de um Brasil diferente".

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann também participou do evento e afirmou que "eles [o governo do presidente Jair Bolsonaro] não fizeram tudo que fizeram no Brasil pra nos deixar ganhar facilmente". "As pessoas olham no Lula e nesse campo da política veem uma esperança de mudança, por isso a importância da unidade nesse campo". Gleisi defendeu ainda que a aliança que precisa ser construída para derrotar o bolsonarismo não deve ser apenas eleitoral mas "tem que ser uma aliança política para garantir o processo eleitoral."

A plataforma que foi ao ar hoje, receberá contribuições virtualmente em que qualquer brasileiro pode apresentar suas propostas, assim como terá debates e eventos em todas as regiões do país com especialistas das áreas, movimentos sociais, partidos de esquerda, militantes e ativistas.