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Marina mostra confiança em apoio de Ciro a Lula: 'Momento atual é diferente'

Marina Silva (Rede) e Lula (PT) durante coletiva de imprensa em São Paulo; ex-ministra declarou apoio ao petista na corrida presidencial - Reprodução/Youtube Partido dos Trabalhadores
Marina Silva (Rede) e Lula (PT) durante coletiva de imprensa em São Paulo; ex-ministra declarou apoio ao petista na corrida presidencial Imagem: Reprodução/Youtube Partido dos Trabalhadores

Eduardo Gayer e Giordanna Neves

São Paulo

03/10/2022 16h12

Integrante da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, a ex-ministra Marina Silva (Rede), eleita no domingo, 2, deputada federal por São Paulo, mostrou confiança de que Ciro Gomes (PDT) vai apoiar o petista no segundo turno. Para Marina, o momento atual é diferente de 2018, quando Ciro votou no então candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, mas não declarou apoio público ou fez campanha no enfrentamento contra o então candidato Jair Bolsonaro.

"Fiquei com o coração tranquilo quando eu vi a manifestação do Ciro, ontem, pedindo um tempo para dialogar com seu partido", afirmou Marina a jornalistas, após chamar o ex-ministro de "liderança importante". "Vamos precisar de pessoas que têm trajetória, legado no campo da democracia. Nesse momento, depois de quatro anos de Bolsonaro, é completamente diferente as decisões que serão tomadas", acrescentou. "Vamos precisar de todo mundo e ele Ciro sabe disso."

Após reconhecer sua derrota na corrida presidencial, Ciro se disse profundamente preocupado com os caminhos do Brasil e pediu um tempo para negociar com o PDT seu posicionamento no segundo turno.

A ex-ministra declarou que todos os participantes das eleições do campo democráticos têm a responsabilidade de não deixar o Brasil "ir definitivamente para o precipício". "Precisamos ter humildade para diálogo no sentido de pedir ajuda. Agora não é a gente que vai ajudar a salvar a democracia. É o povo que vai ajudar a salvar a democracia", disse Marina Silva sobre o pleito que ampliou a força do bolsonarismo em todo o País. "Nem todas as pessoas que votaram no Bolsonaro podem ser rotuladas de fascistas", ponderou.

Marina também defendeu um "diálogo profícuo" com Simone Tebet (MDB) para o segundo turno.