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Chuva no litoral: Acesso à Vila Sahy é liberado após desobstrução de barreira

Trabalho de desobstrução da rodovia Rio-Santos na altura da Barra do Sahy, no litoral norte de São Paulo, vinha ocorrendo desde o fim de semana - 22.fev.2023 - Sérgio Barzagui/Governo do Estado de São Paulo
Trabalho de desobstrução da rodovia Rio-Santos na altura da Barra do Sahy, no litoral norte de São Paulo, vinha ocorrendo desde o fim de semana Imagem: 22.fev.2023 - Sérgio Barzagui/Governo do Estado de São Paulo

José Maria Tomazela

23/02/2023 17h40Atualizada em 23/02/2023 18h07

As equipes do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e da Defesa Civil concluíram a retirada de centenas de toneladas de lama e detritos que estavam sobre a pista. "Conseguimos enxergar a SP-55, na altura do km 180, na Praia Preta. Muito empenho e muito trabalho de milhares de homens", comemorou, ao lado do governador, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB).

Com a liberação da passagem terrestre da área central de São Sebastião para Barra do Sahy, na tarde desta quinta-feira, será intensificado o trabalho de buscas por possíveis sobreviventes na Vila Sahy, onde ainda há dezenas de desaparecidos. A liberação da estrada, ainda provisória, foi anunciada por volta das 15 horas pelo governador Tarcísio de Freitas, que conseguiu transpor o trecho a pé, no meio de muita lama.

O trecho coberto pelo deslizamento da encosta na Praia Preta era o mais extenso e o único que ainda bloqueava totalmente a Rio-Santos. A abertura coincide com a intensificação dos trabalhos para a retirada dos corpos e de eventuais sobreviventes no lamaçal formado pelo deslizamento da serra na vila.

As equipes estão usando equipamentos do Exército para vasculhar a lama. As buscas são realizadas pelos homens do Exército e do Corpo de Bombeiros, agentes da Defesa Civil e especialistas que atuaram na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais.

Hoje, o Exército isolou a área para a entrada de máquinas que estão dando mais velocidade na remoção da lama e dos restos de árvores, no local onde possivelmente estão mais de uma dezena de corpos.

A última estimativa divulgada pelo governo estadual falava em 38 pessoas desaparecidas. O maquinário pesado fazia a remoção da lama e barro das ruas que dão acesso à encosta desmoronada.

Os equipamentos mais leves foram levados para o ponto onde se concentrava a busca pelos corpos. Como tinham se passado, na tarde desta quinta, mais de 100 horas do deslizamento, a chance de encontrar pessoas com vida sob a lama tornou-se muito remota, segundo os próprios socorristas.

Conforme o último boletim, o número de mortes na região chegou a 49, sendo 48 em São Sebastião e uma em Ubatuba.