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Pacheco defende que nova lei regulamente prazo para apreciação de MPs

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado - Roque de Sá/Agência Senado
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Imagem: Roque de Sá/Agência Senado

Ana Luiza Antunes

Em São Paulo

29/03/2023 15h59Atualizada em 29/03/2023 16h34

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta terça-feira, 28, a promulgação de uma nova lei que estabeleça prazo para apreciação das medidas provisórias.

A declaração acontece diante da disputa que o senador enfrenta com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) a fim de consolidar uma nova tramitação das MPs.

"Seria muito bom que houvesse uma regra de se estipular tempo para as comissões mistas, para a Câmara do Deputados e para o Senado", avaliou.

"A questão do prazo está materializada nesta proposta de emenda à constituição e havendo entendimento em relação ao prazo, podemos encontrar um caminho alternativo para isso. Ou uma alteração constitucional ou na própria resolução", disse.

Reunião feita entre os parlamentares nesta terça-feira terminou sem um acordo. Em entrevista coletiva, Pacheco destacou que não há expectativa da Casa de ter uma atribuição que seja da Câmara, e que entende o papel do Senado enquanto casa revisora.

Apesar de ter aceitado estabelecer prazos para as comissões mistas, o senador disse que há dificuldades em aceitar a mudança na composição dos colegiados sugerida por Lira.

Disputa das MPs

O entendimento sobre o rito de análise das medidas provisórias segue sem definição por Lira e Pacheco, e provoca um entrave na agenda legislativa do governo Lula.

De acordo com a Constituição, as medidas provisórias editadas pelo presidente devem ser tramitadas por meio de uma comissão mista, feita por deputados e senadores que votarão dentro de 120 dias para transformar o texto em lei.

Durante a pandemia, este processo foi alterado e as comissões foram eliminadas para que a análise das MPs fosse mais rápida. Desde então, não houve mudança na dinâmica. Pacheco editou, em fevereiro, um ato para retomar o processo anterior, no qual Lira resistiu.