Presidente da Corte Suprema de Justiça da Argentina diz que Papa é 'inocente'

BUENOS AIRES, 18 MAR (ANSA) - O presidente da Corte Suprema de Justiça da Argentina, Ricardo Luis Lorenzetti, disse nesta segunda-feira que o papa Francisco "é uma pessoa absolutamente inocente" e jamais foi suspeito de ser cúmplice das violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

"Sem considerar o fato de que algumas pessoas discordam, ou dizem que ele poderia ter feito algo, a verdade é que não existe nenhuma acusação concreta contra ele", disse Lorenzetti, em uma entrevista radiofônica.

O presidente da Corte Suprema ressaltou que, em todo caso, "precisa ser respeitado o princípio de inocência" do Papa, pois se trata de "um homem que não tem, absolutamente, nenhuma condenação".

Lorenzetti, que faz parte da delegação oficial argentina que está em Roma para assistir amanhã à missa que inaugura o Pontificado de Francisco, disse que sua eleição "representa uma grande mudança".

O cardeal argentino Mario Jorge Bergoglio, de 76 anos e eleito Papa na última quarta-feira, é acusado de não proteger dois sacerdotes jesuítas que foram sequestrados pelo regime. Na época, o atual Pontífice liderava a Ordem Jesuítica da Argentina.