Em interrogatório, Ruby nega ter tido relações sexuais com Berlusconi

MILÃO, 17 MAI (ANSA) - A jovem marroquina Karima el Mahroug, conhecida como Ruby, pivô do escândalo sexual que envolveu o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, foi interrogada como testemunha no processo contra o jornalista Emilio Fede, o ex-empresário Lele Mora e a ex-vereadora da região Lombardia, Nicole Minetti, acusados de favorecimento da prostituição de menores.

Ruby declarou que nunca teve relações sexuais com Berlusconi e que nunca fez parte das "danças sensuais" que teriam acontecido durante as festas na residência do ex-premier, em Arcore, conhecidas como "Bunga Bunga".

A jovem, no entanto, admitiu que uma vez fez "uma dança do ventre", usando as roupas doadas pelo então ditador da Líbia, Muammar Kadafi, para Berlusconi.

"As mulheres se aproximavam de uma forma sensual enquanto faziam suas danças, mas eu nunca vi nenhum contato físico" disse Ruby.

A marroquina ainda disse ter recebido um envelope com uma quantia entre 2 e 3 mil euros do ex-primeiro-ministro, mas que nunca embolsou os 5 milhões de euros que tinha anotado em sua agenda. "Eu nunca negociei diretamente para obter esse dinheiro", declarou Ruby.