Popularidade do papa Francisco cai na Itália

A popularidade do papa Francisco apresentou uma queda de 8% na Itália, revelou uma enquete feita pelo Instituto de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais (Eurispes, na sigla em italiano). Segundo o documento, 81,6% dos italianos dizem gostar do pontífice contra 89,6% em 2015 e 87,1% em 2014.
Segundo o Eurispes, "a queda é considerada, em parte, fisiológica e por último, mas não menos importante, uma consequência da nova sensibilidade apresentada pelo pontífice a respeito de questões éticas e morais que são bem recebidas pelos laicos, mas pouco adequadas aos mais conservadores".
Um outro destaque apontado pela pesquisa é que o percentual daqueles que não quiseram ou não souberam dar uma resposta sobre o comportamento do líder católico dobrou em relação a 2015, passando de 6,2% para 12,4%.
No último ano, o sucessor de Bento 16 fez diversas manifestações a favor da volta à vida na Igreja dos católicos que casaram mais de uma vez e fez declarações em prol das pessoas homossexuais. Durante o Sínodo da Família, ocorrido em outubro, houve uma intensa discussão entre os bispos e na sociedade italiana sobre os direitos dessas pessoas na Igreja e na vida civil.
Na avaliação por regiões, os italianos que moram no centro do país e nas ilhas que circundam a Itália são os que mais aprovam o papa, atingindo 90,3% e 91,3%, respectivamente. Já os mais céticos ficam na região nordeste, com apenas 69,1% do consenso.
Já quando a questão é política, os valores mais baixos ficaram entre aqueles que não se sentem representados por nenhuma vertente (77%) e os seguidores do polêmico partido de oposição Movimento Cinco Estrelas (73,5%).
Um alto índice de aprovação ocorre entre todas as outras ideologias, sendo que a aprovação de Jorge Mario Bergoglio atinge 91,2% entre os pertencentes à centro-direita, 89,1% à esquerda, 88,9% àqueles que se dizem de centro e 87,8% aos pertencentes à centro-esquerda.
O Eurispes ainda questionou os entrevistados sobre qual é a característica mais marcante do papa "do fim do mundo", e a simplicidade foi a resposta escolhida por 26% dos questionados, crentes ou não crentes.
Já a "coragem para dizer coisas desconfortáveis" foi apontada como principal qualidade por 18,1% dos italianos, a "vontade de renovar a Igreja" por 11,3%, a "habilidade de comunicação" por 10,4%, a "escolha de falar com todos" por 9,2%, a "atenção com os mais fracos" por 8,4% e a "forte personalidade" por 5%.
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