Pai de atirador de Orlando diz que filho tinha ódio contra gays
O pai do atirador da boate gay Pulse, em Orlando, afirmou em entrevista à emissora "NBC News" que seu filho, Omar Sadiqque Mateen, estava expressando "ódio" aos gays. "A questão religiosa não tem nada a ver com isso. Ele viu dois homens se beijando em Miami há alguns meses e ficou muito irritado. Estamos chocados como o resto dos EUA", disse Mir Sediqque. Segundo ele, Omar ficou indignado que seus filhos vissem aquela cena.
"Nós queremos pedir desculpas por esse incidente. Nós não imaginamos que ele faria isso. Estamos chocados, muito chocados", disse Mir informando que ajudará os investigadores.
O FBI confirmou na tarde deste domingo que Omar foi responsável pelo ataque.
Pelo menos 50 pessoas foram mortas na madrugada deste domingo (12) durante um tiroteio em uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. O número de mortos faz do ataque o mais fatal decorrente de tiroteio em massa na história dos Estados Unidos.
O ataque foi classificado como "incidente terrorista", embora as investigações ainda precisem determinar se foi doméstico ou se teve envolvimento internacional.
O suspeito foi identificado como Omar Saddiqui Mateen, 29, nascido em Nova York.
O atirador foi morto pelos agentes policiais que invadiram a casa noturna. Outros 53 feridos foram encaminhados a hospitais da região. Um policial foi ferido na cabeça pelo atirador, mas, segundo o chefe de polícia, foi salvo pelo capacete que usava. Com a invasão, o chefe de polícia John Mina diz ter resgatado 30 pessoas.
Um grupo de jihadistas classificou o ataque à boate gay em Orlando como o "melhor presente de Ramadã", o mês sagrado dos islâmicos, informou Rita Katz, diretora do portal SITE - que monitora a atividade dos extremistas na internet.
Segundo Katz, eles ainda escreveram "Que Alá possa aceitar esse herói que fez isso e inspirar outros a fazer o mesmo". Apesar das mensagens, ainda não foi confirmado que a ação tenha ligação com os terroristas islâmicos.
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