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Trump anuncia que deixará suas empresas para assumir governo

30/11/2016 12h11

WASHINGTON, 30 NOV (ANSA) - O magnata Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (30) que deixará todas as suas empresas e atividades econômicas de lado para se dedicar exclusivamente à Presidência dos Estados Unidos. Em mensagens no Twitter, o republicano, que venceu as eleições à Casa Branca no dia 8 de novembro, disse que abandonará temporariamente sua carreira empresarial para "não ter conflitos de interesse" e "trabalhar para tornar a América grande de novo", referindo-se a um seus slogans de campanha ("To make American great again"). Trump disse também que mais detalhes sobre seu afastamento das empresas serão fornecidos em uma coletiva de imprensa no dia 15 de dezembro, da qual participarão seus filhos. "Apesar de não ser obrigado, por lei, a fazer isto, acredito que, como presidente, é importante evitar conflitos de interesse com meus negócios", escreveu o magnata. Aos 70 anos de idade, Trump se tornará o homem mais velho a assumir a Presidência dos EUA no dia 20 de janeiro.   

Ex-apresentador de reality show, o republicano é mundialmente famoso pelas suas empresas, como a Trump Entertainment Resorts, que opera vários cassinos e hotéis pelo mundo. Ele também atua no setor imobiliário, no qual ocupa uma importante fatia do mercado norte-americano. "Os documentos estão sendo preparados para que eu saia completamente das operações legais das empresas. A Presidência dos EUA é uma tarefa muito mais importante", disse Trump. O magnata também tem anunciado aos poucos os nomes que formarão seu gabinete. Ontem, ele confirmou Elaine Chao para a Secretaria de Transportes. De origem chinesa, Chao foi secretária do Trabalho durante o governo de George W. Bush e é casada com o líder republicano no Senado, Mitch McConnell. O investidor e milionário norte-americano Wilbur Ross será o secretário de Comércio de Trump, de acordo com informações passadas pelo banqueiro do Goldman Sachs Steven Mnuchin, em uma entrevista CNBC. Aos 78 anos de idade, Ross é considerado o "rei das falências" pela sua atuação na compra e venda de empresas com potenciais de crise. Mnuchin, por sua vez, ocupará a pasta do Tesouro. (ANSA)
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