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Em nova polêmica, Trump é acusado de desrespeitar viúva de soldado morto

Myeshia Johnson recebe o corpo do marido, La David T. Johnson, no aeroporto de Miami - WPLG via AP
Myeshia Johnson recebe o corpo do marido, La David T. Johnson, no aeroporto de Miami Imagem: WPLG via AP

Em Washington

18/10/2017 18h27

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se envolveu em mais uma polêmica por supostamente dizer à viúva de um soldado morto no Níger que "ele sabia ao que estava se expondo".   

Os restos mortais de La David T. Johnson chegaram nesta terça-feira (17) no aeroporto de Miami, na Flórida. O telefonema ocorreu enquanto a viúva Myeshia Johnson, grávida de seu terceiro filho, se dirigia para receber o caixão.   

A conversa teria sido ouvida pela legisladora democrata, Frederica Wilson, que acusou o republicano de tratar a mulher de maneira insensível. O soldado, de 25 anos, foi morto em uma emboscada no Níger no início de outubro.   

" Não escutei toda a ligação, mas ouvi dizer: Estou certo de que ele sabia no que estava se metendo, mas ainda deve ser doloroso", declarou a legisladora que acompanhava a esposa do soldado quando ela recebeu a ligação.   

"Donald Trump não conseguiu respeitar meu filho, sua esposa, eu e meu marido", ressaltou a mãe do sargento à imprensa local. Durante uma coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que o telefonema do presidente norte-americano foi "completamente respeitoso". Em resposta, Trump negou a atitude em sua conta no Twitter e acusou Wilson de mentir. "A legisladora democrata inventou completamente o que disse para a esposa de um soldado morto em combate (e tenho as provas). Triste!", escreveu.   

Por sua vez, em entrevista à CNN, a democrata retrucou. "Não sei de que tipo de provas ele fala. Não era a única no carro e também tenho provas", disse.   

O caso estampou as capas dos principais jornais dos Estados Unidos nesta quarta-feira (18). O pelotão em que Johnson estava sofreu em 4 de outubro uma emboscada realizada por um grupo extremista na fronteira com o Mali. Ao todo oito soldados, sendo quatro norte-americanos e quatro do Níger, morreram. (ANSA)