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Embaixada dos EUA pode ficar pronta em um ano, diz Netanyahu

Money Sharma/AFP
Imagem: Money Sharma/AFP

17/01/2018 16h24

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quarta-feira (17) que os Estados Unidos poderão transferir a sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém dentro de um ano.

"A embaixada será transferida para Jerusalém antes do que pensam, certamente dentro de um ano", disse o premier israelense aos jornalistas que o acompanham em uma viagem à Índia.

No mês passado, segundo a imprensa local, diversos assessores do governo declararam que apenas a construção de um novo edifício para a representação norte-americana levaria entre três e quatro anos. Além disso, o secretário de Estado norte-americano, Rex  Tillerson, chegou a dizer que o processo seria finalizado antes de dois anos. "Não é uma coisa que vá acontecer este ano, nem provavelmente no próximo, mas o presidente quer que avancemos de maneira muito concreta e resoluta", afirmou Tillerson em dezembro.

O anúncio da transferência ocorreu no fim de 2017, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Tump, também reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. A polêmica medida causou diversos protestos entre palestinos e israelenses.   

A decisão do presidente foi muito criticada por grande parte da comunidade internacional e gerou uma onda de protestos palestinos. Israel considera Jerusalém sua capital "única e indivisível", enquanto os palestinos defendem que a parte leste da cidade seja a capital de seu futuro Estado. A decisão norte-americana põem em risco o processo de paz na região. 

Durante a viagem à Índia, Netanyahu também aproveitou para afirmar que a decisão de Trump de cortar a verba destinada à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foi uma "coisa boa".   

Na terça (16), o magnata cortou US$ 65 milhões dos US$ 125 milhões dos fundos para ajudar a agência. por falta de um acordo de paz entre a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e Israel. A medida tem causado ainda mais preocupação em torno da questão humanitária, já que o governo dos EUA é um de seus principais apoiadores da UNRWA.   

Do Chile, o papa Francisco disse que "não cessará de pedir urgentemente uma retomada do diálogo entre israelenses e palestinos para uma solução negociada, voltada para a coexistência pacífica de dois Estados dentro das fronteiras internacionalmente acordadas, no pleno respeito da natureza peculiar a Jerusalém, cujo significado ultrapassa qualquer consideração sobre questões territoriais".