Secretário da Defesa do Sri Lanka renuncia após ataques na Páscoa
O secretário da Defesa do Sri Lanka, Hemasiri Fernando, anunciou hoje sua renúncia ao cargo, após assumir a responsabilidade pela série de ataques que deixou 359 mortos e centenas de feridos no último domingo de Páscoa.
A informação foi revelada pela imprensa local, citando fontes oficiais, um dia depois que o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, teria pedido para ele renunciar ao posto depois de não conseguir impedir os atentados.
Ontem, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, declarou que as explosões nas igrejas e hotéis de luxo foram feitas provavelmente por inspiração de militantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Até o momento, pelo menos 359 pessoas morreram nos ataques suicidas. Ao todo, cerca de 60 suspeitos de terem ligação com a ofensiva, entre eles integrantes do grupo muçulmano local National Towheeth Jamaath, foram detidos pelas autoridades do país.
Segundo o jornal "The New York Times", um dos comerciantes de especiarias mais ricos do Sri Lanka, Mohammad Yusuf Ibrahim, está entre os presos. Acredita-se que dois de seus filhos estavam entre os oito homens-bomba. Relatos de um funcionário indiano afirmam que os rapazes, identificados pela imprensa como Inshaf e Ilham, também contaram com a ajuda de uma das noras de Ibrahim. Ela teria se explodido na frente de seus dois filhos.
De acordo com o ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene, a maioria dos terroristas eram originários de famílias de classe média ou alta. A autoria dos atentados foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico(EI).
Ameaça de Bomba
Na manhã de hoje, as autoridades precisaram isolar o banco central do país e fechar a principal via de acesso ao aeroporto da capital devido a um alerta de segurança.
Além disso, uma explosão foi registrada em um terreno de Pugoda, cerca de 35km de Colombo. A polícia informou que o artefato não foi detonado de maneira controlada. Não há relatos de vítimas. O caso está sendo investigado e, enquanto isso, a aviação civil do país proibiu o uso de drones e aeronaves não tripuladas.
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