Papa lamenta mortes 'trágicas' de 14 pessoas em queda de teleférico na Itália
O papa Francisco lamentou nesta terça-feira (25) as mortes "trágicas" ocorridas na queda de uma cabine do teleférico de Stresa, localizada na região do Piemonte, no último domingo (23) e disse rezar pela recuperação do único sobrevivente entre os 15 passageiros.
Em um telegrama enviado ao bispo de Novara, Franco Giulio Brambilla, o líder católico "exprime grande dor" pelo "dramático incidente" do teleférico Stresa-Mottarone e expressa sua "proximidade e sentidas condolências".
"Pensando com comoção em tantas vidas tragicamente perdidas enquanto estavam imersos nas maravilhas do Criador, asseguro minhas orações por aqueles que morreram, por quem chora por eles e pelo pequeno Eitan, o qual o delicado caso sigo com atenção", disse referindo-se ao menino de 5 anos que está internado em uma unidade de terapia intensiva de um hospital de Turim.
O documento ainda ressalta que o líder católico "participa, de modo particular, da aflição da comunidade local e da diocese de Novara, e se junta ao amado povo italiano, que sofre pela grave tragédia".
A queda da cabine culminou com a morte de 14 pessoas de cinco famílias diferentes.
Investigação
Mais de 48 horas depois do acidente, a procuradora de Verbânia, Olimpia Bossi, deu mais detalhes das investigações. Segundo ela, um vídeo mostra que "a cabine havia chegado ao ponto de desembarque", mas ela balança no local "e começa a descer para trás".
Já o assessor de Transportes do governo do Piemonte, Marco Gabusi, destacou que as análises mostram que a cabine atingiu "mais de 100km/h" na descida e que fez um "voo de 54 metros".
"Há dois sistemas de freios que devem agir se algo desse tipo acontecer. Se o sistema de freios não é acionado, ele joga a cabine para trás. Se calcula que ele fez isso a mais de 100 km/h. Sobre o poste [de sustentação], não deveria ter nenhum solavanco, mas a mudança de velocidade agiu como um trampolim e a cabine fez um salto no ar a 100km/h, fazendo um voo de 54 metros, e depois ainda rolou no chão algumas dezenas de metros", explicou.
As autoridades querem entender porque o sistema de freios de emergência não fez seu trabalho depois que um dos cabos de sustentação da cabine rompeu.
Segundo a empresa Leitner, responsável pelos reparos, o equipamento havia sido submetido à manutenção no dia 3 de maio e nada foi encontrado de problema.
Eitan
Único sobrevivente da tragédia, o menino Eitan passou mais uma noite estável e tranquila, segundo informou o hospital Regina Margherita.
O diretor-geral da Cidade da Saúde, ao qual pertence à instituição, Giovanni La Valle, disse que "a equipe do doutor Ivanin começou o processo para acordar o menino, que consiste na redução da dosagem de remédios que o estão mantendo em coma induzido". "Nas próximas horas, haverá uma redução cada vez mais gradual", destacou o responsável.
Na tragédia, Eitan perdeu os pais e dois irmãos e, atualmente, seus tios vêm se revezando no hospital para acompanhar o andamento da internação.
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