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Partidos fecham acordo por coalizão e para pôr fim à crise política em Israel

Naftali Bennett deve ser nomeado o novo primeiro-ministro para os primeiros dois anos - Yonatan Sindel/Pool/AFP
Naftali Bennett deve ser nomeado o novo primeiro-ministro para os primeiros dois anos Imagem: Yonatan Sindel/Pool/AFP

Em Tel Aviv (Israel)

11/06/2021 13h34Atualizada em 11/06/2021 14h11

Os partidos da maioria de Israel, Yesh Atid e Yamina, anunciaram que conseguiram completar todas as assinaturas necessárias para formar uma coalizão hoje. O novo governo será formado tanto por representantes da direita e extrema-direita como por centristas e o Meretz, de esquerda.

Com isso, os grupos tentam pôr fim à crise política que se arrasta há cerca de dois anos e meio, com quatro eleições no período, e colocam um ponto final no longo mandato do premiê Benjamin Netanyahu, que está no poder desde 2009.

Pela lei israelense, todos os acordos devem ser finalizados até 24 horas antes da votação de um novo governo no Knesset, o Parlamento israelense. A sessão de confiança está marcada para o domingo (13).

"A assinatura dos acordos coloca fim a dois anos e meio de crise política. Grandes desafios se apresentam e os cidadãos de Israel, bem como todos, nos olham com esperança", disse o líder do Yamina, Naftali Bennett, que deve ser nomeado o novo primeiro-ministro para os primeiros dois anos.

Já o líder do Yesh Atid, Yair Lapid, que foi o responsável por costurar o acordo político e será o premiê nos dois últimos anos do período dessa legislatura, destacou que "os israelenses merecem um governo que funcione e seja responsável".

As eleições de 23 de março deste ano foram bastante disputadas e, apesar do Likud de Netanyahu ter sido o partido mais votado, o atual primeiro-ministro não conseguiu formar um novo governo - muito por conta das denúncias de corrupção que vem enfrentando.

Por isso, o então presidente, Reuven Rivlin, que deixa o cargo em julho, nomeou Lapid para tentar encontrar uma maioria e um grande acordo foi formado para tirar Netanyahu do poder.